As mais charmosas Vilas das Terras de Pisa

As mais charmosas vilas das Terras de Pisa são pequenas jóias entre as montanhas que estão repletas de sabores, aromas campestres, torres e castelos. Os amantes da idade medieval não podem perder estas joias, aninhadas entre as colinas que cercam a cidade da Torre Inclinada.

Fique aqui com uma seleção das 10 cidadezinhas nas Terras de Pisa para visitar pelo menos uma vez na vida

1. San Miniato
San Miniato – Foto de: Mathias Liebing

San Miniato é uma joia medieval localizada a meio caminho entre Pisa e Florença e é a parada perfeita ao longo da Via Francigena para saborear comidas deliciosas. Aproveite que é dela o titulo de capital da trufa branca!

O evento que você simplesmente deve participar é a Exposição Nacional do Mercado de Trufas Brancas, realizada todos os anos em novembro, quando caçadores de trufas, cozinheiros e jornalistas vêm provar as especialidades gastronômicas locais e comprar trufas.

2.Vicopisano
Rocca del Brunelleschi – Credit: Angela Stellili

Vicopisano é uma pequena vila medieval nas montanhas de Pisa que preserva notáveis tesouros arquitetônicos. É maravilhoso ver que existe uma fortaleza medieval desenhada por Brunelleschi, dois edifícios medievais que datam do século XII, um castelo e 12 torres que datam entre os séculos XI e XV. A época do ano perfeita para visitar Vicopisano é o primeiro fim de semana de setembro, quando acontece a Festa Medieval, e toda a vila volta no tempo com trajes e gastronomia local.

3.Calci
Certosa di Calci – Foto de: Matteo Bimonte

Não muito longe de Vicopisano, encontramos a pequena e encantadora aldeia de Calci , rodeada de oliveiras e castanheiros. A sua principal atração é certamente o complexo monumental da Certosa di Calci , um dos mais importantes mosteiros da ordem cartuxa da Itália.

Fundada em 1366, Certosa di Calci foi completamente renovada no século XVII e transformada com afrescos, mármore e muito mais. Há também um amplo pátio onde se destaca uma fachada barroca, juntamente com muitas outras salas utilizadas como sacristia, capelas, biblioteca e farmácia. Hoje, uma ala da Cartuxa é hoje o Museu de História Natural da Universidade de Pisa.

4.Castelfranco di Sotto
Castelfranco di Sotto – Foto de: Lucarelli

Castelfranco di Sotto é uma vila histórica medieval criada como castelo em 1255 e localizada a cerca de 40 quilômetros a oeste de Florença e a cerca de 30 quilômetros a leste de Pisa.

A vila foi formada no período de lutas contínuas entre Guelfos e Gibelinos e entre as cidades de Pisa, Lucca e Florença. Ela ainda mantém o seu plano urbanístico centenário com duas estradas principais que se cruzam e conduzem às quatro portas, marcando quatro bairros idênticos.

5.Chianni
Chianni

A aldeia toscana de Chianni, que existe desde os tempos dos primeiros assentamentos etruscos e romanos, era conhecida como uma área rica em florestas e caça: uma ‘vocação’ que chega até os dias de hoje.

Lá toda família sabe a receita secreta do javali com azeitonas, prato tradicional que é homenageado em outubro com a festa do mesmo nome. O evento é também uma oportunidade para provar os “outros” sabores do Chianni, como o ‘Marrone di Rivalto’ e o azeite extra virgem, dois excelentes produtos da região.

6.Terricciola
Terricciola

Outro lugar das Terras de Pisa que você deve visitar é Terricciola, interessante pela sua cultura e tradição vitivinícola. Nela você encontra eventos anuais muito querido por turistas e locais, como a festa do morango, a Noite Branca do Vinho e Calici di Stelle.

Como você já deve ter percebido  o território produz excelentes vinhos que acompanham os pratos tradicionais.

7.Buti
Burti

Conhecida pelo Palio delle Contrade, Buti é uma joia nas colinas de Pisa. Na cidade você pode visitar a Villa Castel Tonini dos Medici, com vista para a cidade, a igreja românica de San Francesco e a da Ascensão, também conhecida como Santa Maria delle Nevi. Entre os produtos tradicionais do território experimente o azeite

8.Lari
Castello di Lari -Foto de: Terre di Pisa

A Vila de Lari é de origem etrusca e também está localizada nas colinas das Terras de Pisa. Estando nela não deixe de visitar o Castelo dos Vice-regentes, uma fortaleza protegida por majestosas muralhas que remontam ao início da Idade Média.

Em Lari também encontramos a pequena fábrica de massas Martelli que produz massas artesanais de sêmola. As vistas incríveis fazem de Lari um lugar adorado por casais que muitas vezes optam por celebrar seu casamento na região.

9.Palaia
A vila de Palaia e sua fortaleza – Crédito: Prof.Quatermass

As ruas de Palaia têm sido palco de inúmeras produções cinematográficas. Aqui foram filmadas algumas cenas dos filmes “A noite de San Lorenzo” e “Fiorile” dos irmãos Taviani e N- Napoleão de Paolo Virzì.

Além da vila etrusca de Palaia, outras cidades próximas merecem uma visita, como Toiano e Montefoscoli.

Toiano, é conhecida por ser uma das aldeias fantasmas da Toscana, enquanto em Montefoscoli há placas para o Templo Medico de Minerva: muitos estudos atestam que este edifício, além de ser um memorial utilizado como local de recreação e entretenimento, foi também um templo maçônico.

10.Peccioli
Peccioli – Foto de: Comune di Peccioli

AVila de Peccioli premiada com a Bandeira Laranja do Italian Touring Club e é uma pérola da Valdera que vale a pena visitar.

O Palácio Pretoriano, por exemplo, abriga o interessante Museu de Ícones Russos, dedicado ao jornalista Francesco Bigazzi, correspondente de Moscou que doou sua coleção de ícones do século XIX e início do século XX ao Município de Peccioli. Peccioli também organiza muitos eventos culturais e teatrais, tanto para adultos como para crianças, incluindo o Tuscania Festival e o 11Lune.

Caminhadas na Toscana

Você quer realmente conhecer uma área?

Então esqueça carros, trem, ônibus… Simplesmente caminhe, ou vá de bicicleta, ou até mesmo de cavalo se for possível. É quando adotamos um ritmo mais lento de viagem que descobrimos a paisagem, nos damos conta de cada detalhe que muitas vezes não vemos por estar em um ritmo mais acelerado.

É caminhando que entramos em contato com a natureza e com nós mesmos. É quando temos o olhar voltado para um ponto de vista diferente, distante do turismo de massa.

E claro, a Toscana é o lugar perfeito para esse turismo mais calmo. Com suas paisagens únicas, diferentes, que vão desde os picos das montanhas dos Apeninos até o interior da Maremma. Itinerários para todos os níveis de experiência e gostos. Desde passeios em família até rotas mais desafiadoras para montanhistas. Em todos eles você encontrará algo de espetacular que não esperava.

E na região há vários tipos de caminhada, veja o que pode ser feito na Toscana:

*Caminhadas nas montanhas


Por dentro da natureza intocada, nas montanhas há percursos de dificuldades variadas. Nele você pode juntar cultura e exercício. Um exemplo é trilhar os percursos na Garfagnana, onde você percorre aldeias medievais com suas tradições antigas ao mesmo tempo que explora as famosas montanhas brancas de mármore dos Alpes Apuanos.

*Caminhadas urbanas


Caminhar não significa somente ir a lugares distantes das cidades, ou apenas ir em aldeias. Considere também caminhada quando você passeia a pé pelas cidades. Um exemplo é Siena, onde caminhar por suas encostas íngremes une atividade física com patrimônio artístico. Outro exemplo de caminhada urbana é percorrer a Via Francigena, onde a fé também se faz presente.

*Caminhadas nas colinas


E o que dizer de caminhas pelas colinas? Cerca de 170km de trilhas encontramos ao redor de Florença. O chamado Anel renascentista é cheio de mosteiros, castelos, igrejas românicas. Todos voltados para o centro histórico da cidade tendo como ponto de referencia a cúpula da catedral, o símbolo da cidade renascentista.

*Caminhadas à beira-mar


Nada como se “perder no tempo” contemplando o mar. Se preferir um passeio a beira-mar vá conhecer a Costa Etrusca. Nela você encontra várias trilhas para caminhada que também podem ser feitas em mountain bike ou a cavalo.

E aí, que tal colocar no seu roteiro um passeio agradável pela natureza, se perder no tempo e nas belezas da região enquanto esquece dos problemas e se conecta com sigo mesmo?

A Cruz no alto do Monte Amiata

Vocês já repararam que no alto do Monte Amiata tem uma Cruz enorme que muitas vezes está presente nas fotos de divulgação do local? A região do vulcão é local de vários lugares espirituais. Entre suas florestas podemos encontrar abadias, torres, até um centro tibetano há na região. Então nada mais normal ter também uma cruz.

Ver a imagem de origem
Cruz de Veta Amiata

A História por traz do monumento é datada no final do século XIX. A obra foi feita a mando do Papa Leão XII para celebrar o Ano Santo de 1900 e também a chegada do século XX. Vinte cruzes foram erguidas no topo de vinte montanhas espalhadas pela Itália, e entre os locais escolhidos estava o Monte Amiata.

O antigo vulcão extinto de Monte Amiata foi o lugar perfeito para colocar a obra. Com seu cume a 1.738m acima do nível do mar, quem visita o monumento pode, lá de cima, observar as vistas do mar verde, as exuberantes florestas que cercam o vulcão e também as fronteiras da Toscana com outras regiões.

A escultura foi feita de ferro forjado em oficinas sieneses e coloca-la no cume do vulcão não foi uma tarefa fácil. Somente pela vontade e resistência da comunidade de Abbadia San Salvatore que a Cruz chegou ao topo. Mas essa cruz que vemos hoje não é a cruz original. Durante a Segunda Guerra Mundial ela foi bombardeada e destruída. Reconstruída, hoje é símbolo de orgulho da região e por todos protegida e cuidada.

detalhe da Cruz

Como dito anteriormente a Cruz pode ser visitada, isso porque ela está erguida em um local de mirante, ou seja, há um pavilhão feito especialmente para que as pessoas possam contemplar as vistas deslumbrantes da região. Mas como chegar lá? Há varias maneiras, vamos à elas:

Você pode ir de carro até o ultimo refugio do parque. De lá caminhe por um leve caminho, adequado a toda a família, e em poucos minutos você chegará ao mirante. Depois da Cruz, a poucos passos você também chega à “Madonna degli scouts”, localizado acima das rochas e onde está localizado o sinal de que ali é o ponto mais alto da montanha, sinal este referencia do Instituto Geográfico Militar, feito em 1935. Outro ponto de panorama imperdível que compreende todo o sul da Toscana e Val d’Orcia.

Trekking leve para a familia

Outro modo de chegar ao cume é fazendo Trekking, seguindo o caminho da Capomacchia, ele mede aproximadamente 2km e é um pouco mais desafiador em seu ultimo trecho, o caminho “La Scalettaia” que é uma continuação natural da Capomacchia e tem dificuldade média-alta.

Ver a imagem de origem
caminho “La Scalettaia”

Também para os amantes de Trekking, há o percurso de 7km imerso nas florestas de faia e castanheiras que vão mudando de aparencia a cada estação. Esse percurso parte do “Prato delle Macinaie” que te leva até o topo com diferentes alturas no caminho.

Há, também, a alternativa de pegar um teleférico, onde em poucos minutos, dentro de uma paisagem magnifica, você chega ao cume. Ele pode ser pego tanto em Cantore quanto em Macinaie.

Teleféricos


Um passeio incrível, em contato direto com a natureza. Onde você pode se conectar tanto com você mesmo enquanto com a natureza enquanto desfruta de tudo o que esse lugar pode te dar, pode ser sentimento de paz quanto sentimento de aventuras, ou porque não os dois? Já que essa região possui todo o tipo de esportes de acordo com cada estação do ano.

A Cruz de Veta Amiata une história, fé e saúde em um só lugar!

Fotos: tiradas da internet

Lavanda na Toscana

Quando pensamos em Campos de Girassóis pesamos imediatamente na Toscana, mas e quando pensamos em campos de lavanda o que normalmente nos vem logo à mente, La Provence na França? Sim, claro! Lá tem campos magníficos! Mas se eu te disser que na Toscana há uma vasta área com belíssimos campos de lavanda? Vamos conhecer um pouco?

É a região dos vales das Collinas Pisanas, entre Casciana Alta e Castellina Marittima, passando da Pieve di Santa Luce e Orciano Pisano, lugares por muitos desconhecidos, mas com uma beleza inigualável que encontramos esses oásis que mexem com nossos sentidos. Lugares perfeitos para meditar, tirar fotos ou simplesmente se perder entre seus aromas e cores.

A lavanda tomou o lugar do trigo se tornando não só um atrativo do turismo rural, mas também uma grande oportunidade para as empresas do setor agrícola. O cultivo da lavanda com métodos orgânicos e biodinâmicos começou graças a um projeto financiado pela Região da Toscana com fundos europeus com o duplo objetivo de criar uma cadeia produtiva de ervas medicinais para transformação em valiosos óleos essenciais e iniciar um modelo de desenvolvimento turístico sustentável baseado na autenticidade dos valores e recursos do território.

A composição química da lavanda é muito complexa e possui diversas propriedades terapêuticas, entre elas temos as propriedades anti-inflamatória, analgésica, antidepressiva, antirreumática, antiespasmódica, cicatrizante, inseticida e tônico. Por isso seus produtos são muito procurados, não só para perfumar como também para “curar”.

Final de julho é a época da colheita, onde as lindas flores se transformam em óleos essenciais preciosos para serem usados como suplementos, perfumes, sabonetes e muito mais. Mas antes dessa data esses campos ainda floridos podem ser visitados. Nos dezoito hectares de pura beleza e magia agricultores e produtores estão prontos para receber seus clientes para contar e mostrar todos os passos de seu trabalho, desde a colheita, passando pela destilação a vapor até a realização dos óleos essenciais com propriedades benéficas à saúde.

A experiência pode ser ainda mais inesquecível. Aproveite a maravilha do local e faça um lindo passeio fotográfico. Ou se gosta de pedalar, que tal um passeio de bicicleta por entre as flores? E o que dizer de uma massagem relaxante dentro desse paraíso de cores e aromas? Se puder não deixe de apreciar o lindo pôr do sol deste lugar.

Fotos: Campos de Lavanda em Santa Luce – Crédito: Christian Bernardinelli

O Porcellino di Firenze

Você conhece ou já ouviu falar no Porcellino de Florença? Na verdade uma estatua de Javali muito procurada por turistas que acreditam na lenda de que quem toca no fucinho do animal retorna à cidade.

O javali de bronze da fonte da Loggia del Mercato Nuovo em Florença, foi imediatamente apelidado, com a típica ironia florentina, “il Porcellino” (o pequeno porco). Tudo começou com a visita que Cosme I dei Medici fez em 1560 ao Papa Pio IV. Cosimo não só se apaixonou por antiguidades, como recebeu como presente do Papa a réplica de mármore romano de um javali de bronze grego do século III a.C. escavado em Roma juntamente com dois cães mastiff de mármore. E ele os levou para Florença,para sua nova casa no Palazzo Pitti (mais tarde eles foram levados para a Galeria Uffizi).

Anos depois, seu sobrinho Cosimo II ordenou ao escultor Pietro Tacca, aluno de Giambologna, uma réplica de bronze do Porcellino de mármore para ser trazido de volta ao Palazzo Pitti. Tacca executou o molde em 1612 e em 1633 ele a fez em bronze com a técnica de Lost Wax.

Em 1640 foi decidido transformar a escultura em uma fonte para a população de Florença, e foi instalada ao lado da galeria aberta do Novo Mercado (Loggia del Mercato Nuovo). Primeiro, no entanto, Tacca modelou a escultura da base simulando uma porção de grama povoada por gramíneas, répteis, insetos, que foi feita com a tecnica de lost wax com o animal.

A retirada contínua da água por dois séculos sem respeito pelo monumento levou a um forte desgaste tanto da base quanto do focinho do Porcellino (hoje encontra – se no Museu Bardini, Florença), tanto que em meados do século XIX foi decidido realizar uma nova réplica para substituir a fonte original. Foi feito um molde sobre o bronze desgastado e deteriorado, que foi trazido de volta ao seu estado original em cera, incluindo a base, da qual foi obtida uma segunda réplica de bronze que substituiu a primeira (preservada também no Museu Bardini), lançada com o perdido em 1857 pela fundição de Clemente Papi, herdeiro direto dos artesãos da fundição renascentista.

A partir do final do século XIX, o Porcellino tornou-se um dos símbolos mais admirados da cidade de Florença, e nasceu a lenda de que aqueles que haviam tocado seu nariz voltariam a Florença, assim como roma jogaria uma moeda na fonte de Trevi. O número de turistas começou a aumentar drasticamente, e o focinho do javali começou a piorar de forma preocupante, assim como a base esculpida na qual muitos subiram alegremente sem mente dos danos produzidos ao bronze.

Foi assim que em 1998 o “Porcellino” e sua base foram substituídos em outra época: uma nova réplica foi encomendada à Fundição Ferdinando Marinelli de Florença, que em sua coleção de moldes de gesso preserva o molde feito no original, que substituiu a réplica do século XIX.

Mas as violentas “carícias” dos turistas se abrasaram e consumiram também o focinho de bronze do novo Porcellino que os artesãos da Fundição Ferdinando Marinelli tiveram que primeiro re-aquecer, e, mais tarde, até mesmo substituir por uma parte superior da focinheira do animal reformulada.

Outra lenda também relacionada ao Porcellino é a de que se você esfregar uma moeda em sua lingua e solta-la deixando -a cair e ela for em direção ao ralo da fonte passando pelo gradil sem problema, você terá boa sorte. O viajante literário Tobias Smollett registrou essa tradição em 1766 ao notar que o focinho da estátua possuia aparecia polida enquanto que todo o restante era marrom – esverdeado.

Mas aí vem uma questão: Até que ponto podemos colocar nossas supertições a frente de um bem comum? Nesse caso em relação aos locais turisticos. Estatuas são danificadas pelo insistente toque dos turistas, em algumas pontes ou monumentos as pessoas deixam cadeados. As moedas, se não tivessem tido a ideia de recolher para dar algum fim beneficente nelas também poderiam ser consideradas prejudiciais.

Onde há cadeados, há um peso escessivo que muitas vezes corre o risco de danificar as vias onde estão. Estátuas precisam ser periodicamente reformadas, não pelo tempo comum de desgaste, mas sim pelo desgaste causado por terceiros, que não é 1, são milhares todos os dias fazendo a mesma coisa. Soube de lugares que estão colocando mascaras de proteção facial. Vamos considerar um varal da vergonha.

Porque não ir a esses lugares e apenas apreciar, olhar com os olhos e a alma? Tirar fotos para a lembrança e só? Sem interferir negativamente na obra. Afinal se você gostou e quiser voltar poderá querer reve-la e se continuar assim pode ser que não consiga. De um em um a concientização vai ganhando espaço e ajudando a preservar. Por um Turismo sustentavel, consciente e humano.

Entre a arte e a natureza, um dia de relax

Se você gosta de Arte Contemporânea não pode deixar de visitar, o magnifico Parque de Arte Enzo Pazzagli em Firenze. Deixe um dia ou uma tarde para relaxar e apreciar e relaxar nesse lugar.

Considerado um dos parques mais importantes de arte contemporânea da Toscana, se estende por dois hectares ao longo da margem do rio Arno e abriga mais de 250 obras do Mestre Enzo Pazzagli, autor do símbolo ‘Pegaso’ da Região da Toscana, entre elas “Os três Arlequins”, datado de 1966.

Encontramos também obras de Guasti e algumas vacas do “Desfile da Vaca”. Também estão em exibição as “Flores Fotovoltaicas” do Arco. Massimiliano Silvestri, combinação de arte e tecnologia, funcionalidade e estética.

O parque em si é uma verdadeira obra de arte, 300 cipestres dão forma a obra “Lá Trinitá”, que formam três faces, uma das maiores esculturas vivas do mundo que pode ser melhor vista olhando de cima (você pode encontrar a obra no Google Earth), mas também é agradável passear por entre as árvores.

Amado por fotógrafos, artistas e famílias é um local agradável para passar o dia de folga, muito procurado para caminhadas entre a arte e a natureza, visita guiadas, piquenique, relax e eventos. Fica aberto durante o final de semana para o publico em geral e em dias de semana pode abrir por reserva para grupos e grupos escolares.

Para as famílias há inúmeras atividades, eventos, oficinas. Os pequenos podem aproveitar a exibição de algumas obras concedidas pela Fundação carnavalesca de Viareggio.

Há também uma área de jogo com balanços, escorregas e um grande dragão inflável, entre outros brinquedos.

É possível fazer um piquenique no parque levando a sua própria comida, assim como fazer comemoração de aniversários.

Em caso de mau tempo, as atividades podem ser realizadas em uma grande tenda. Durante o verão o Parque abre principalmente à noite nos finais de semana com eventos, cineforums e visitas guiadas, aproveitando o frio da noite.

Desde 2018, a Associação EcoRinascimento administra o Parque de Arte Pazzagli, em Florença, arrecadando fundos para sua manutenção e promoção. O Parque é um excelente exemplo de reurbanização urbana realizada através do Art. O maestro Enzo Pazzagli criou o Parque comprando e transformando uma área verde não cultivada em jardim, galeria, museu, laboratório artístico, espaço para eventos culturais e recreativos.

Com o EcoRinascimento o Parque manteve sua função de museu e laboratório artístico, sediará exposições temporárias, eventos culturais e recreativos e uma área dedicada à sustentabilidade e à ecocidade.

O parque está localizado na Via Sant’Andrea a Rovezzano, 5- Firenze

COMO CHEGAR LÁ:

Da rodovia A1 – Saída em Firenze Sud, continuar no entroncamento, após a ponte sobre o rio Arno, virar à direita na Viale Generale Dalla Chiesa, e no final da avenida na curva rotatória para a primeira direita, descer a estrada onde há um estacionamento em frente a uma vila rosa, à direita da vila há um grande portão com a estátua de Pegasus… você chegou.

Se você vem de FiPiLI, uma vez em Scandicci pegue a autoestrada em direção a Roma, saia em Firenze Sud, alcance Viale Generale dalla Chiesa e siga a mesma rota descrita acima.

Ônibus: Da Estação Firenze SMN ou Piazza San Marco, pegue o ônibus 14A Girone, pare “Aretina S’Andrea”, e saia das escadas em frente ao Parque.

Ciclovia no Arno: você pode chegar ao Parque ao longo da bela ciclovia ao longo do rio Arno que do centro da cidade vai em direção ao Girone, saindo em Sant’Andrea a Rovezzano, nas escadas da Via della Mulina di Sant’Andrea.

ESTACIONAMENTO:
Estacionamento grande no viaduto que vai em direção a Il Girone-Pontassieve. Depois de estacionar, desça as escadas, caminhe ao longo da passagem férrea, e você sairá em frente à entrada do parque.

Para melhor consultar os horários de abertura do mês entre no site oficial  http://ecorinascimento.com/informazioni-orari-come-arrivare-cosa-fare/

*Fonte e Fotos: ecorinascimento.com

Teatrino di Vetriano

Nos Apeninos que tocam Lucca, em Vetriano, há uma pequena joia a ser descoberta. 71 metros quadrados, 60 lugares na plateia e 20 em dois andares de balcões: os números deste antigo celeiro nas montanhas de Lucchesia, transformado em teatro no final do século XIX e tão pequeno a ponto de ser credenciado pelo Guinness World Records Book . Estamos falando do Teatrino di Vetriano, o menor teatro historico publico do mundo.

Sua história remonta a 1889, quando o engenheiro Virgilio Biagini confiou à pequena comunidade um celeiro para servir de teatro. Os habitantes, na sua maioria camponeses, acolheram com grande simpatia a doação, dando vida a uma “Società Paesana”, que em seu inicio era composta por apenas 18 investidores, que se tributava com um pagamento único de 2 liras e mais 50 cêntimos por mês para construir o teatro mais mão-de-obra até a conclusão da obra.

Graças à laboriosidade dos habitantes, o teatro foi construído em apenas um ano e em 1890 o palco, emoldurado por decorações neoclássicas, foi capaz de receber as primeiras apresentações. Eram principalmente obras em prosa e comédias musicais, muitas vezes escritas e interpretadas pelos próprios moradores, que tinham que trazer suas cadeiras de casa para desfrutar dos shows. Mais tarde a atividade se intensificou e o teatro logo se tornou uma referência para toda a região.

Com o passar dos anos, com o desaparecimento da Sociedade Paesana, muito em decorrencia da Segunda Guerra Mundial, que foi um periodo de falência e fuga de alguns de seus investidores, o Teatro caiu no abandono e ficou inutilizável. Longas dividas contribuiram para que parte do seu terreno fosse cedida à camara municipal da cidade. Até que, em 1997, os herdeiros do Engenheiro Biagini recorreram à FAI (Fondo per l’Ambiente Italiano), cedendo sua cota de teatro para cuidar dele.

Após uma cuidadosa recuperação sob supervisão da Diretoria dos Fundos de Recuperação de Monumentos da Itália, iniciou-se um trabalho de restauração importante, liderado pelo arquiteto William Mozzoni, que conseguiu concluir as obras em 2002. Algumas peças raras e originais foram recuperadas completamente, ao mesmo tempo em que novos espaços e acessórios foram obtidos graças a colaboração dos vizinhos.

Finalmente, em 2003, após passar por períodos conturbados, o Teatrino voltou à vida e hoje recebe brilhantes companhias teatrais de comédia, ópera e eventos para um público que não pode ultrapassar 85 pessoas e, assim, retomou o titulo de menor teatro do mundo. Atualmente, abriga eventos em colaboração com a Academia de Teatro Ala Escala e ainda é visitado por turistas de todo o mundo.

Hoje é possível admirá-lo como era no final do século XIX, com um palco de cinco metros e meio de profundidade e largura, e uma bela cortina pintada. Instalado sob o teatro, é possível admirar dois camarins para maquiagem, uma alfaiataria e um pequeno depósito de fantasias.

Foi doado à FAI pelos herdeiros Biagioni e concedido em concessão pelo Município de Pescaglia, em 1997

  • Fonte site do FAI (Fondo perL’Ambiente Italiano)

As Belezas naturais de Capraia

Capraia Parque…. continuação da publicação anterior

A Ilha de Capraia faz parte do “Parco Nazionale dell’Arcipelago Toscano”, que compreende uma área de dezoito mil hectares de terra e sessenta mil hectares de área marinha no Mediterrâneo. O arquipélago é composto pelas ilhas Elba, Pianosa, Capraia, Montecristo, Giglio, Gorgona e Giannutri.

Uma área de beleza indiscutível, água pura e cristalina, uma grande diversidade marinha em diferentes profundidades do oceano e da costa de cada ilha, uma área biologicamente perfeita para a sobrevivência harmoniosa da fauna marinha sedentária e de migração.

Capraia CostaCapraia é a unica ilha do arquipélago que possui armazenamento natural de água doce.  Faz parte do chamado corredor migratório da fauna, que faz ligação entre Europa e África. Tem uma grande quantidade vegetal e animal de endemismo*. E ainda, está situada no meio do santuário de Cetáceos, volta e meia um cardume de golfinhos e baleias pode ser avistados. Ou seja, um paraíso que a natureza selvagem nos oferece para visitarmos.

Mas o quê fazer propriamente na ilha, além de passearmos pela sua história, sabendo de toda essa beleza que ela nos apresenta? Pois bem, mesmo sendo uma ilha, Capraia nos oferece uma diversidade de boas rotas para praticar trekking, a nossa velha e boa caminhada. Umas mais fáceis outras não tanto. Vai depender da disposição!! Para aqueles que gostam de desafios a ilha é cheia de vales, desfiladeiros e picos.

Capraia Trekking Apenas andando ou desbravando a natureza, não importa, de qualquer maneira as sensações de andar com o Mediterrâneo te acompanhando, com uma fragrância que na primavera é indescritível, com paisagens fantásticas de qualquer ponto da ilha, com seu silencio e sua atmosfera de paz plena, são privilegio de quem visita este paraíso.

Seu litoral compõe uma pintura a parte. Com enseadas banhadas por águas cristalinas, falésias caem ao mar à 300 pés de altura. À leste, em direção ao continente, encontramos as baías protegidas por torres estrategicamente posicionadas, que remontam à época dos combates aos desembarques dos piratas sarracenos na época da República de Gênova.

Capraia TrekkingAo sul está localizado o Cala Rosa, um cone antigo de vulcão, caído em um dos lados e a Ponta Zenobito, com sua torre majestosa posicionada ao topo de um basalto (rocha originária da erupção vulcânica, normalmente de cor escura acentuada) cinza.

Com uma costa ligeiramente inclinada em direção ao mar nos dá a oportunidade de mergulharmos em águas rasas com seu fundo muitas vezes arenoso e claro. La Mortola é a unica enseada de praia, acessível somente por barco, as outras são todas em pedra ou rocha, sendo a maior parte não acessível por terra, salvo as Ceppo e do Zurletto.

Capraia CostaAvistando o ocidente, com Córsega no horizonte, é onde encontramos as falésias** majestosas em seu encontro com o mar. É onde interagimos profundamente com uma natureza selvagem, nos tornando uma coisa só, nada mais. Dizem que tomar banho nestas águas é como se tivéssemos provando um elixir da vida longa. Deve ser mesmo, afinal é o perfeito encontro com a natureza!

Mas para quem gosta de se aventurar ainda mais, suas puras e cristalinas águas oferecem uma inigualável experiência de mergulhar em uma área em que nunca encontramos o escuro. E cada mergulho é um momento único, neles podemos encontrar uma grande variedade de peixes, tais como barracuda com olho- grande, garoupa , sargo, pargo, bancos de areia e rochas que pelas esponjas vermelhas e amarelas que vivem nelas e nos dá um lindo visual subaquático. E ainda todo o tipo de marisco, lebres do mar e lagostas pequenas e dezenas de outros animais marinhos, incluindo aí os alegres golfinhos.

Capraia mergulho IICapraia é isso aí, uma ilha paradisíaca onde podemos ter um contato maravilhoso, profundo, emocionante e inesquecível com a natureza!!

* endemismo – Em geral o endemismo é resultado da separação de espécies, que passam a se reproduzir em regiões diferentes, dando origem a espécies com formas diferentes de evolução. O endemismo é causado por mecanismos de isolamento, alagamentos, movimentação de placas tectônicas. Por exemplo, devido à deriva continental, as espécies de Madagáscar ou da Austrália são exemplos flagrantes de endemismos. (Wikepedia)

** falésias – é uma forma geográfica litoral, caracterizada por um abrupto encontro da terra com o mar. Formam-se escarpas na vertical que terminam ao nível do mar e encontram-se permanentemente sob a ação erosiva do mar. Ondas desgastam constantemente a costa, o que por vezes pode provocar desmoronamentos ou instabilidade da parede rochosa. (Wikepedia)

Capraia mergulho***Fotos do site Isola di Capraia

 

****Texto baseado pelo site oficial da ilha

Ilha de Capraia

Isola di CapraiaAqui vamos sair um pouco do continente com suas belíssimas paisagens, pegar uma embarcação e aportar em uma das ilhas localizadas no litoral toscano. A Ilha de Capraia.

Localizada à noroeste da Ilha de Elba ( a maior e mais conhecida ilha Toscana, terceira maior ilha italiana), Capraia é a terceira maior ilha do arquipélago toscano. Está distante de Livorno, sua província, em 36 km.

Isola di Capraia IÉ uma ilha considerada selvagem por definição. Foi formada por erupção vulcânica dupla onde a mais antiga ocorreu a cerca de 9 milhões de anos atrás, e a segunda a um milhão de anos atrás. Sua geografia nos mostra penhascos íngremes, rochas e cores vibrantes com contrastes de cores. Sua costa foi desenhada extraordinariamente pela lava, mar, vento e erosão. Seu interior é marcado por vales estreitos  onde encontramos verdadeiras miniaturas de montanhas, com cristas e barrancos. Fazem uma espécie de lago, que durante as chuvas de inverno, se enchem de água que corre para o mar formando pequenas cascatas. Sua vegetação predominante é a mediterrânea.

Isola di Capraia IICapraia carrega em sua história algumas reais e outras lendas. Foi inicialmente habitada no final do terceiro milênio a.C.  Habitaram suas terras os povos fenícios, gregos, etruscos e romanos. Durante um tempo foi sede religiosa. Quando o cristianismo foi banido de Roma, comunidades de monges foram se refugiar por lá. Foi fortificada pela primeira vez pelo Império Romano, depois pela República de Pisa e finalmente pelo grupo de San Giorgio, cujas fortificações continuam presentes e foram nominadas por eles. Ainda podemos encontrar o Forte São Jorge e algumas torres pela costa.

CapraiaA parte que envolve lendas mas que de um certo modo foi real, é sobre os ataques piratas. Piratas sarracenos disputaram o território da ilha por ela ter uma posição estratégica para os ataques. no século VII ela pertencia à ilha de Córsega, depois à República de Genova, passando pela República de Pisa,  França, e até mesmo Inglaterra. No Congresso de Viena ela foi atribuída à região da Sardenha, época em que a produção de tabaco teve inicio na ilha. Setenta anos depois foi usada como colônia penal, e durante o fascismo foi lugar de internamento. Em 1986 a colônia penal foi extinta e finalmente em 1989 ela tornou-se parte do Parque Nacional do Arquipélago Toscano.

Capraia IComposta por uma cidade e uma marina, Capraia é uma ilha muito agradável de ser visitada durante o verão. A cidade é bem conservada e um passeio interessante é andar pelos seus becos indo do Forte São Jorge ao Farol em Punta Ferraione conhecendo, assim todos os seus encantos.

Há ainda a Torre del Porto, de origem genovesa, é hoje um local utilizado para eventos culturais e artísticos, a Piazza Milano, que é o centro da cidade. Ainda a Igreja paroquial de São Niccolas, localizada na praça, construída em 1759. Possuí oito altares laterais e é um belo exemplo do período. O Forte São Jorge, atualmente fechado, foi erguido pela República de Gênova e foi palco para a guarnição militar e possível refúgio da população em caso de um ataque de piratas. Abaixo ao forte há um sítio arqueológico pequeno, onde foram encontradas peças que remontam à época romana.

Capria PortoO porto, hoje, é uma pequena mas bem equipada marina. Nele encontramos várias opções de passeios turísticos e uma estrutura para acomodar até 99 barcos. Bares, restaurantes e algumas lojas ainda tornam-o um agitado lugar para badalações noturnas e diurnas durante o verão. Encontramos ainda um parque de campismo, com uma das mais belas vistas do Mar Mediterrâneo.

Continua

*Fotos do site Isola di Capraia

** Texto baseado pelo site oficial da ilha

Festa da Polenta

PolentaAinda sem sairmos de Vernio, vamos aqui falar de uma festa tradicional da localidade. A Festa da Polenta, também conhecida como Festa da Miséria ou Festa da Pulendina.

Parte história, parte lenda, o fato é que em 1512 houve uma grande e terrível fome em Vernio. Causada em Prato e no Vale de Bisenzio, pela invasão espanhola durante a guerra contra Florença. Diz-se que na ida para Prato, as tropas mercenárias de  Barberino ao passarem por Vernio saquearam todos na cidade, não deixando nada. Essa “visita” ficou conhecida como “Saco de Prato”.

Ao ver o que tinha restado dos alimentos se esgotando e a população da cidade entrando em uma terrível miséria, o Conde Bardi, senhor e vassalo de Vernio, resolveu distribuir gratuitamente para seus súditos polenta feita de farinha de castanha, arenque e bacalhau. Salvando, assim, a população da total miséria e fome.

Polenta festaDesde o final do século XVI até hoje esse gesto de generosidade é comemorado no primeiro domingo da quaresma (anteriormente era festejada na quarta-feira de cinzas), na praça de San Quirico di Vernio, na frente do Casone, agora a Câmara Municipal. Onde é feita toda a encenação e distribuição da polenta e onde também podemos saborear outros produtos da região.

A Festa dura cerca de três dias com eventos culturais e folclóricos. No domingo, dia principal da festa, pela manhã há um cortejo histórico, organizado pela “Società della Miseria di Vernio” (grupo que mantem as tradições da região) com pessoas vestidas com roupas medievais lembrando os nobres e seus empregados, músicos, cavaleiros e soldados.  Também participam várias associações históricas da Toscana e de outros lugares do exterior. Estão presentes no desfile: a bandeira do histórico Grupo Conti Bardi e bandeiras com a insígnia das nove terras de Vernio ( de acordo com um documento do século XVIII preservada no Castello Guicciardini Poppiano ).

Polenta festa

Após o desfile há a cerimonia de leitura do pergaminho, que em rima, conta o oferecimento do Conde Bardi à população. Após a leitura são oferecidas nas ruas da cidade, mais propriamente a  tarde,  a polenta feita com a castanha da região.

Hoje, tornou-se também uma forma de difundir e celebrar um dos produtos típicos do Vale de Bisenzio, as castanhas. Muito utilizadas para, além da polenta doce, fazer bolos e panquecas.

** Fotos de Ernesto Bartolozzi tiradas do site da comuna di Vernio